'201o razões' (por Daniel Lélis)

Posted: domingo, 10 de janeiro de 2010 by Daniel Lélis in Marcadores: ,
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O último ano da primeira década desse milênio já chegou. E agora? A pergunta que todos se fazem é: como será 2010? Ora, se não é possível dizer com certeza o que vai acontecer nem daqui um minuto, imagina daqui um ano. Contudo, por ser um otimista assumido, desenho aqui as minhas previsões; ou melhor, os meus desejos para este ano que se inicia.
Primeiramente, é bom lembrar que o futuro somos nós quem construímos. O destino é consequência não do acaso, mas sim de nossas escolhas e possibilidades. O destino é, antes de tudo, o amanhã, o daqui a pouco e o agora que delineamos ontem ou há um minuto atrás. Dessa forma, é delírio conformista ou conveniência forçada querer justificar os rumos que tomamos e as histórias que escrevemos por meio de teorias que negam que somos protagonistas de nossos próprios méritos e fracassos.
Pois bem. 2010 será melhor se nós formos melhores. Não depende de capricórnio estar em júpiter, nem muito menos dos dizeres desta ou daquela profecia religiosa. O ano novo será o que quisermos que seja e o que desejaram que fosse. Será consequência do que nós fizermos e do que nossos pais e avós fizeram. No mundo real é assim, (in) felizmente: abstrações e predestinações são fontes apenas de alívio e conformismo. O que vale, definitivamente, são as nossas atitudes e escolhas. O resto é empulhação. O ideal, portanto, é saber que, por sermos agentes do nosso próprio destino e arquitetos do nosso futuro, a nós caberá, felizmente, sempre a chance de mudá-los para melhor.
Assim sendo, desejo que o ano que se inicia acomode todas as nossas boas promessas; que possamos ser mais justos sem o risco de passarmos por justiceiros; que não nos deixemos guiar exaustivamente e exclusivamente pela razão na busca por soluções sadias; que o respeito prevaleça sobre a tentadora mania que temos de querer julgar o próximo; que valores sagrados a quais temos esquecido sejam novamente merecedores de nosso prestígio; que nossos líderes enfim possam ter ao menos mais pudor de sua canalhice e passem a valorizar mais o voto de confiança que lhe és dado (É ano de eleições!); que o sentimento de patriotismo que transborda em nosso peito em ano de copa possa nos orientar, mas não nos entorpecer, frente aos imensos desafios que temos enquanto nação promissora; que com dignidade e decência possamos superar a ambição desmedida; que nos desfaçamos da vaidade cega e egoísta, tão popular nos dias de hoje; que a amizade sincera e o companheirismo desinteressado nos façam vencer os desarranjos que encontrarmos pelo caminho; que o amor incondicional, aquele livre de falsas regras, tão afeito ao perdão e grandioso por ser simples, nos faça viver o ano mais feliz de todos; que, por fim, tenhamos 2010 razões para comemorar no dia 31 de dezembro.
E é como se diz por aí: não existe ano ruim. Existe o ano que você faz.
Que façamos o melhor de todos!

Você também encontra este texto na Jfashion, a revista de sociedade mais badalada de Tocantins.

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