O que todo cristão deveria saber sobre a homossexualidade

Posted: quarta-feira, 10 de novembro de 2010 by Daniel Lélis in Marcadores: , ,
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"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!" (João, 8:32)

1) Não há, na Bíblia, nenhuma só vez as palavras homossexual, lésbica ou homossexualidade. Todas as Bíblias que empregam estas expressões estão erradas e mal traduzidas. A palavra homossexual só foi criada em 1869, reunindo duas raízes lingüísticas: Homo (do Grego, significando "igual") e Sexual (do latim). Portanto, como a Bíblia foi escrita entre 2 e 4 mil anos atrás, não poderiam os escritores sagrados terem usado uma palavra inventada só no século passado. Elementar, irmão!

2) A prática do amor entre pessoas do mesmo gênero, porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia. Há documentos egípcios de 500 anos antes de Abraão, que revelam práticas homossexuais não somente entre os homens, mas também entre Deuses Horus e Seth. Segundo o poeta e escritor Goethe, "a homossexualidade é tão antiga quanto a humanidade". Certamente, cada tempo com sua experiência singular, mas com o mesmo direcionar de desejo: o igual.

3) No antigo Oriente, a homossexualidade foi muito praticada. Entre os Hititas, povo vizinho e inimigo de Israel, havia mesmo uma lei autorizando o casamento entre homens (1.400 antes de Cristo). Como explicar, então, que, entre as abominações do Levítico, apareça esta condenação: "O homem que dormir com outro homem como se fosse mulher, comete uma abominação, ambos serão réus de morte" (Levítico, 18:22 e 20:12). Segundo os Exegetas (estudiosos das escrituras sagradas), fazia parte da tradição de inúmeras religiões de localidades circunvizinhas à Israel, a prática de rituais homoeróticos, de modo que esta condenação visa fundamentalmente afastar a ameaça daqueles rituais idolátricos e não a homossexualidade em si. Prova disto é que estes versículos condenam apenas a homossexualidade masculina: teria Deus Todo Poderoso se esquecido das lésbicas ou, para Javé, a homossexualidade feminina não era pecado? Considerando que, do imenso número de leis do Pentateuco, apenas duas vezes há referência à homossexualidade (e só à masculina), concluem os exegetas que a supervalorização que os cristãos conferem a este versículos é sintoma claro e evidente de intolerância machista de nossa sociedade, um entulho histórico, e não um desígnio eterno de Javé, do mesmo modo que inúmeras outras abominações do Levítico, como os tabus alimentares (por exemplo, comer carne de porco) e os tabus relativos ao esperma e ao sangue menstrual, hoje completamente abandonadas e esquecidas. Por que católicos e protestantes conservam somente a negação contra a homossexualidade, enquanto abandonaram dezenas de outras proibições decretadas pelo mesmo Senhor?. Intolerância machista e ignorância que Freud explica!

4) Se a homossexualidade fosse prática tão condenável, como justificar a indiscutível relação homossexual existente entre David e Jônatas?! Eis a declaração do salmista para seu bem-amado: "Tua amizade me era mais maravilhosa do que o amor das mulheres. Tu me eras deliciosamente querido!" (II Samuel, 1:26). Alguns crentes argumentarão que se tratava apenas de um amor espiritual, ágape. Preconceito primário, pois só as coisas materiais são referidas com a expressão "delicioso", e não resta a sobra da menor dúvida que David, em sua juventude, foi adepto do "amor que não ousava dizer o nome". Não foi gratuitamente que o maior escultor de nossa civilização, Miguel Ângelo, ele próprio, também homossexual, escolheu o jovem Davi, nu, como modelo de sua famosa escultura de Florença, na Itália. Negar o amor homossexual entre estes dois importantes personagens bíblicos ("amizade mais maravilhosa que o amor (Eros) das mulheres") é negar a própria evidência dos fatos. "Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvido, não ouvis?!" (Marcos, 8:18).

5) Pelo visto, embora o Levítico fosse extremamente severo contra a prática da cópula anal (determinando igualmente a pena de morte contra o adultério e o bestialismo), outros livros sagrados revelam maior tolerância face ao homoerotismo. O Eclesiastes ensina: "É melhor viverem dois homens juntos do que separados. Se os dois dormirem juntos na mesma cama se aquecerão melhor" (4:11). Num país quente como a Judéia, o interesse em dormir junto só podia ser mesmo erótico. Portanto, na teoria o Levítico era uma coisa e a prática, desde os tempos bíblicos, parece ter sido outra. "Deus nos fez ministros da nova aliança, não a da letra e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica." (II Coríntios, 3:6)

6) A destruição de Sodoma e Gomorra? Indagarão alguns. Oferecemos três informações fundamentais e cientificamente comprovadas que, em geral, são propositadamente escondidas e desconhecidas pelos cristãos: 1) não há evidência histórica ou arqueológica que confirme a real existência dessas cidades; 2) este relato é obra dos "Javistas" (escritores bíblicos do século X a.C.), que se apropriaram de relatos mitológicos de outros povos anteriores aos judeus; 3) a própria destruição da suposta intenção homoerótica dos habitantes de Sodoma em relação aos três visitantes de Abraão (anjos ou homens?) apresenta dificuldades sérias de interpretação, pois quando os habitantes de Sodoma declararam desejar conhecer os visitantes, maliciosamente se interpretou o verbo "conhecer" como sinônimo  de "ato sexual". Segundo os exegetas, das 943 vezes que aparece esta palavra no Antigo Testamento ("yadac" em hebraico), em apenas 10 ela tem significado heterossexual - nenhuma vez o sentido homossexual. A associação do pecado dos "sodomitas e gorromitas" com a homossexualidade é um grave erro histórico, que tem sua oficialização pela igreja católica apenas na Idade Média, a "idade das trevas".

7) A própria Bíblia e o filho de Deus nos dão a chave para corrigir esta maliciosa identificação de Sodoma e Gomorra com a homossexualidade. Segundo os mais respeitados estudiosos das Sagradas Escrituras, o pecado de  Sodoma é a injustiça e a anti-hospitalidade, nunca a violação homossexual. Prova disto, é que todos os textos que aludem à Sodoma no Antigo Testamento atribuem sua destruição a outros pecados e não ao "homossexualismo": falta de justiça (Isaías, 1:10 e 3:9), adultério, mentira e falta de arrependimento (Jeremias, 23:14); orgulho, intemperança na comida, ociosidade e "por não ajudar o pobre e indigente" (Ezequiel, 16:49); insensatez, insolência e falta de hospitalidade (Sabedoria, 10:8; 19;14; Eclesiástico, 16:8). No Novo Testamento, não há qualquer ligação da destruição de Sodoma com a sexualidade e, muito menos, com a homossexualidade (Mateus,10:14; Lucas, 10:12 e 17:29). Só nos livros neotestamentários tardios de Judas e Pedro, é que aparece em toda a Bíblia alguma conexão entre Sodoma e a sexualidade (Judas, 6:7, Pedro, 2:4 e 6;10). Mesmo aí, inexiste relação com o "homoerotismo".

8) Dirão, agora, os crentes mais intolerantes: e as condenações de São Paulo aos homossexuais? Autoridades exegetas protestantes e católicas - como Mcneill, Thevenot, Noth, Kosnik, e muitos outros -, ao examinarem, cuidadosamente, na língua original, os textos das Epístolas aos Romanos 1:2, I Coríntios 6:9, Colosences 3:5 e I Timóteo 1:10, concluíram que, até agora, os cristãos têm dado uma interpretação errada a estas passagens. Quando Paulo diz que certas categorias de pecadores não entrarão no Reino dos Céus - ao lado dos adúlteros, bêbados, ladrões etc... - muitas Bíblias incluem nesta lista os "efeminados" e "homossexuais". Logo de início, há uma condenação injusta, pois muitos efeminados (como muitas mulheres masculinizadas no comportamento) não são necessariamente homossexuais. As mais modernas e abalizadas pesquisas exegéticas concluem que, se Paulo de Tarso quisesse condenar especificamente os praticantes do homoerotismo, teria empregado o termo corrente em sua época e de seu perfeito conhecimento, "pederastas". Em vez desta palavra, Paulo usou as expressões gregas "malakoi", "arsenokoitai" e "pornoi" - que as melhores edições da Bíblia em português traduzem por "pervetores", "pervertidos" e "imorais". Portanto, foram estes pecadores que Paulo incluiu na lista dos afastados do Reino dos Céus, e não os "pederastas", e muito menos os "homossexuais", palavra desconhecida na Antigüidade. Segundo os historiadores, vivendo São Paulo numa época de grande licenciosidade sexual - tempo de Calígula, Nero e de Satiricon -, esperando o próximo retorno do Cristo e o fim do mundo, ele condenou, sim, os excessos e abusos sexuais dos povos vizinhos, mas nunca o amor inocente e recíproco, tal qual o de David e Jônatas. Há teólogos protestantes que chegam a diagnosticar Paulo de Tarso como homossexual latente (alusão feita por ele próprio ao misterioso "espinho na carne" que tanto o preocupava, além de sua manifesta e cruel "misoginia" ou ódio às mulheres). E, se a condenação paulina inclui também os bêbados, corruptos, caluniadores, por que atirar tanta pedra somente nos homossexuais? Também aqui, Freud explica! E tem mais: o próprio Filho de Deus disse que "há eunucos que assim nasceram desde o seio de suas mães" (Mateus 19:12), ensinando, num sentido figurado, que faz parte dos planos do Criador que alguns homens tenham uma sexualidade não reprodutora biologicamente. Todos somos imagem de Deus!

9) O maior argumento para se comprovar que as Escrituras Sagradas não condenam o amor entre pessoas do mesmo gênero, é o fato de Jesus Cristo nunca ter falado nenhuma palavra contra os homossexuais! Se o "homossexualismo" fosse uma coisa tão abominável, certamente o Filho de Deus teria incluído esse tema em sua mensagem. O que Jesus condenou, sim, foi a dureza de coração, a intolerância dos fariseus hipócritas, a crueldade daqueles que dizem Senhor, Senhor!, mas esquecem da caridade e do respeito aos outros (Mateus, 7:21). E foi o próprio Messias quem deu o exemplo de tolerância em relação aos "desviados", andando e comendo com prostitutas, pecadores e publicanos. E tem mais: Jesus Cristo mostrou-se particularmente aberto à homossexualidade, revelando carinhosa predileção por João Evangelista, "o discípulo que Jesus amava", o qual, na última Ceia, esteve delicadamente recostado no peito do Divino Mestre. Há teólogos que chegam a sugerir que Jesus era homossexual, pois além de nunca ter condenado o homoerotismo, conviveu predominantemente com companheiros do seu próprio gênero, manifestou particular predileção pelo adolescente João e nunca se casou, além de revelar muita sensibilidade com as crianças e com os lírios do campo, comportamentos muito mais comuns entre homossexuais do que entre machões. O ensinamento do discípulo que Jesus amava não podia ser mais claro: "Filhinhos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e tudo o que é amor é nascido de Deus e conhece a Deus" (I João, 4:4).

10) A Bíblia é um livro muito antigo, repleto de imagens simbólicas, parábolas e figurações. Interpretar as Escrituras ao pé da letra é ignorância, fanatismo e até pecado, pois o próprio Filho de Deus garantiu: "Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora.
Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á a verdade" (João, 16:12). Do mesmo modo como Galileu ensinou-nos a verdade a respeito da Astronomia, corrigindo a Bíblia e opondo-se à crença dos cristãos de sua época, assim também hoje todos os ramos da Ciência garantem que a homossexualidade é um comportamento normal, saudável e tão digno moralmente como a orientação sexual da maioria das pessoas. Negar esta evidência científica é repetir a mesma ignorância intolerante do Papa que condenou Galileu. Não devemos temer a verdade que liberta, pois o próprio Jesus nos mandou imitar "o escriba instruído nas coisas do Reino dos Céus, que como um pai de família, tira de seu tesouro coisas novas e velhas" (Mateus, 13:52). Mesmo que o Papa ou os pastores continuem a negar os direitos humanos dos gays e lésbicas, mesmo que cristãos ignorantes continuem a repetir as ultrapassadas abominações do Velho Testamento, para os verdadeiros crentes o que vale é o exemplo do Filho de Deus, Jesus Cristo, que nunca condenou a prática da homossexualidade. "E conhecereis a verdade, a verdade vos libertará!" (João, 8:32).


INDICAÇÕES DE LEITURA:
 
1. Homossexualidade: Ciência e Consciência, de Marciano Vidal (Edições Loyola, SP, 1985).
2. A sexualidade humana: novos rumos do pensamento católico americano, de Anthony Kosnik (Editora Vozes de Petrópolis, RJ, 1982).
3. Pastoral com homossexuais, do Padre José Transferetti (Editora Vozes de Petrópolis, RJ, 1999).


ATENÇÃO: Todo o conteúdo deste post foi retirado do site do GGB- Grupo Gay da Bahia, uma das mais antigas e atuantes entidades brasileiras que lutam pelos direitos dos homossexuais.

12 comentário(s):

  1. Olá Daniel Lélis, interessante o texto, cabe uma reflexão e norteamento dos pensamentos.

    Abraço.

  1. Leonardo says:

    Adorei o texto. Parabéns, vou continuar lendo os posts do blog.

  1. Rob3rto says:

    ADOREI! Excelente iniciativa de propagar o direto de todos de uma forma educada e inteligente.

  1. Sofia, says:

    Vou ler td. Eu prometo u.u'
    e seguirei a partir de hj.

  1. Mah Ϟ says:

    Hoje em dia, tem muita informação que comprova o quanto a biblia esta sendo mal interpretada..
    O proprio Jesus disse que "Eunucos" nascem do ventre da mae assim (Mat. 19:1-12)
    É historia, são fatos. Basta querer Entender, sendo que se deve levar em conta o reflexo do tempo, a cultura, e a lingua!
    Existem diversas forma de se tornar a par da situação, Filme é um deles, sendo que tem alguns explicativos, que fazem entender muita coisa ("O que a biblia diz" - é um deles) e tbm um outro que relata praticamente a minha estoria toda (prayers for bobby).. Outras coisas como por exemplo a igreja cristã contemporanea(http://www.igrejacontemporanea.com.br). Filhos de Pastores da Assembléia são os fundadores, e são gays tbm. Livros, pesquisas, ciencia e a propria natureza da exemplo de sexualidade diversa.
    Só nao entendende quem não quer!
    Homossexualismo sempre existiu e sempre vai existir..
    O que pode mudar então?
    A forma de convivencia!
    Ao invés de olhar para um gay com um olhar de nojo, olhe com o olhar que CRISTO olharia, o olhar do amor, ternura e compaixão.
    E ao invez de querer mudar, tente aceitar as diferenças, pois somos todos diferentes e mesmo assim, Deus nos ama do jeito que ele nos fez!

    Para os gays que estão traumatizados com as diversas discriminações e pressao que a igreja causou ou causa, fica o meu conselho:
    Ore, peça a direção de Deus e tenho certeza que ele vai iluminar a sua mente e te fará entender o quão errado são algumas formas de pensar, e concerteza irás sentir aquela paz duradoura que só Deus pode nos proporcionar!

    Um grande abraço

    Marco Antonio - 18 anos
    Blumenau - SC

    Twitter - http://twitter.com/twdomah

  1. Unknown says:

    Adooorei o texto. Firma ainda mais, o que todos sabemos, mas muitos insistem em negar. HOMOSSEXUALIDADE não é pecado. ")
    Parabéns!

  1. Alguém says:

    Interessante porém foi colocado como a homossexualidade fosse algo " normal " . Acho que muitas vezes vc quis dizer que sempre houve , então é mais que normal ter isso . Há uma infinidade de coisas que "sempre houveram" mas nem por isso é normal não é mesmo ? A visão que eu tenho é a de são pessoas em ..."regeneração" vamos dizer assim , e sem preconceito algum , todos nós estamos aqui para melhorarmos não é ? Não devemos criticar , apontar , menosprezar as pessoas que tem as suas "cargas" a serem cumpridas nessa vida. Indo um pouco mais além, acredito que são atitudes passadas(leia-se outras vidas) que resultaram nesse comportamento , assim como todos nós também temos as nossas "cargas" por trazer . Ação e Reação. Todos nós erramos, todos nós fizemos um mal ou desviamos do caminho , mas de tempos em tempos temos a chance de corrigir , as falhas que cometemos , os bens que fazemos vão dar origem a alguma coisa mais pra frente . Mais uma vez falo que não enxergo a homossexualidade como um erro ok ? desvio , um pecado . Eu a igualo aos nossos desvios , erros que cometemos e que resultam em alguma coisa, um gay não é pior que ninguem , nem melhor , é tambem alguem como vc , que está correndo atrás de se melhorar.

  1. Anônimo says:

    Muito mal interpretado, mais ainda na parte de Eclesiastes onde você alterou o entendimento do versiculo "É melhor viverem dois homens juntos do que separados. Se os dois dormirem juntos na mesma cama se aquecerão melhor" (4:11). Primeiro que na biblia não diz DOIS HOMENS, se você ler os versiculos anteriores não se trata de dois homens. Lamentavel tal ignorancia, e rejeição da palavra !

  1. Anônimo says:

    Em síntese: A imprensa tem publicado artigos que insinuam seja o homossexualismo aceitável, visto que o rei Davi e outros personagens bíblicos o teriam praticado. - A propósito registramos: 1) o homossexualismo é formalmente condenado pelo texto sagrado em Lv 18,22; 20,13; Rm 1, 26s; 1Cor 6,9s; 1Tm 1,9-11, pois é prática antinatural; 2) há episódios em que grupos homossexuais são mencionados na Bíblia, mas os seus costumes são condenados pelos autores sagrados (cf. Gn 19,1-29); 3) não se pode afirmar que Davi tenha sido amizade homossexual com Jônatas, filho do rei Saul (cf. 1Sm, 19,1-7; 20, 1-42); ao contrário, sabe-se que David teve várias esposas (concubinas) e cometeu adultério com Betsabéia, esposa do general Urias (cf. 2Sm 11, 2-17); 4) nem todos os personagens que desempenharam as suas façanhas com realismo, sem dissimular o pecado, para que o leitor avalie melhor a miséria humana sobre a qual se debruçou a misericórdia divina.

  1. Anônimo says:

    Ademais é muito significativo o caso de Davi, que se apoderou da mulher Betsabéia, do general Urias, e, por isto, mandou matar Urias expondo-o na frente de batalha às invectivas do inimigo; Cf. 2Sm 11, 2-17. O texto sagrado dá a entender que Davi se apaixonou por tal mulher e dela teve um filho, que morreu, e outro que foi o rei Salomão. Ora tais coisas não costumam acontecer aos homossexuais. Donde se vê que é gratuita a hipótese de ter sido Davi um homossexual. Como dito, mesmo que o tivesse sido, daí não se poderia depreender argumento nenhum em favor do homossexualismo.

  1. Anônimo says:

    c) Nem tudo o que a Bíblia relata, é modelo edificante. O texto sagrado descreve, sim, sem dissimulações, a miséria, para que melhor sobressaia a misericórdia de Deus. Precisamente misericórdia é a atitude de quem tem um coração (cor, cordis) voltado para a miséria, a fim de saná-la. É nesta perspectiva que se devem ler e interpretar as passagens "escabrosas" da Bíblia Sagrada. - Em conseqüência, o leitor avisado não se surpreende com o fato de haver perversão sexual em Sodoma, mas também não julga que esteja aí proposto um paradigma para o comportamento dos pósteros.

  1. Bacana o post, é sempre bom informar, muito embora, eu tenha concluido que religiosos são meio avessos a informações. Bem, gostei do blog, depois com mais tempo irei "fuçar" mais. Se vc se interessar dê um pulinho no meu blog, se gostar me siga também. Abçs. Segue ai o link: www.nossostons.com