Se eu fosse você

Posted: sexta-feira, 15 de abril de 2011 by Daniel Lélis in Marcadores: ,
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            Ah, a inveja. Tem sentimento mais típico do ser humano do que esse? Mais fácil chover petróleo que encontrar uma só pessoa na face da terra que nunca tenha sentido, um pouquinho que seja, inveja do outro. Imagine, você, mulher, que a sua colega de trabalho está desfilando aquele vestido lindo, fantástico, que você viu noutro dia na loja e que prometeu comprar. O que você sente?! Inveja, ora essa. Agora, você, homem, imagine que o seu vizinho comprou o carro que você sempre sonhou, mas não teve dinheiro para adquirir? O que você sente?! IN-VE-JÁ. Se a inveja tivesse um sabor, este seria amargo. Pois preparem o paladar, leitores, que a coluna hoje pretende analisar, com prudência, mas sem severidade, da invejinha a invejona.
Invejar o outro é querer estar como ele; é desejar ocupar a posição que ele ocupa. É não estar conformado com o que se tem e querer ter o que outro desfruta. Sente inveja quem tem vontade de ser o outro, quem daria tudo para estar no lugar dele. O invejoso, definitivamente, é aquele que não está contente com o que é ou com o que possui. A inveja, todavia, pode render alguns segundos de descontentamento ou durar no tempo, massacrando o ego de quem a abraça com toda a força. Isso porque existem vários tipos de inveja. De todos os tamanhos e modelos. Para todos os gostos e desgostos. Me acompanhem.
Temos a inveja fatal, que é aquela que você não consegue resistir. Vem de repente e quando você percebe já tomou conta de você. Há também a inveja inconsciente, que é aquela que surge e você nem percebeu. Outro tipo de inveja, essa famosa, é a ‘branca’. Quem a tem diz que ela é a inveja boa, sem malícia, sem ardileza. Finalmente, temos a inveja venenosa. Essa é perigo certo. O invejoso dessa espécie tem tanta vontade de ser você, ou de ter o que você tem, que não mede esforços para puxar o seu tapete. Vale tudo. Tudo mesmo. Desde falar mal até mesmo a tentar te sabotar. Você dá um passo e o sujeito quer dar três. Você planeja algo e ele prontamente diz que não vai dar certo. Com essa categoria de invejosos, cuja esperteza e falsidade são notórias, todo cuidado do mundo é pouco. Portanto, esteja atento!
Pois bem. A verdade é que invejosos todos nós somos. O problema é quando a inveja deixa de ser um detalhe sem qualquer gravidade, divertimento talvez, e passa a tomar contornos sérios, doentis, por assim dizer. Quando o inveja ultrapassa o limite do tolerável, é recomendável procurar um tratamento, pois tem algo de muito errado aí. De qualquer maneira, uma coisa nisso tudo é certa: ninguém tem inveja do que não é bom. Seria, então, a inveja um elogio às avessas?! É, por que não?! Pense nisso!


Daniel Lélis


1 comentário(s):

  1. Então, sabe do que tenho inveja? De pessoas feito vc que escrevem bem pra caramba. Pessoas que tem o dom da palavra e da escrita. Não sou invejosa por natureza, óbvio que gosto das coisas belas e caras que o mercado nos oferece, entretanto minha maior inveja não é por coisas palpáveis e sim por emoções, sentimentos. Invejo a doação de algumas pessoas em prol dos irmãos menos necessitados, invejo uma família que adota um bebe, invejo um grande e louco amor, a inteligência e a cultura, invejo a coragem de um homem amar outro homem, invejo a luta das classes sociais, invejo a fúria e a calmaria da natureza, invejo o amor incondicional de DEUS pelo ser humano. Penso que a minha inveja seja das piores por que não há moeda de troca. Bjs!